quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Verão em Calcutá

Nei Lisboa

A vaca foi pro brejo e atolou na esteira desse new old rock 'n roll
E a velha limusine da canção virou lambreta de segunda mão.
Chorando sobre uísque derramado rescaldos de uma mágoa a la Vandré que tanto mais feroz, tanto mais passa ao som dos novos reis do iê-iê-iê.
Rebeldes recatados do futuro e estrelas de um passado avangardê.
Bizarras novas caras de um Brasil pós-guerra de métrica informática deandê.
 O tempo não tem dó de quem disfarça a farsa das ribaltas.
Fiquei ali parado, assim, pensando o que é que o poste tinha pra dizer da noite luminosa, dos amantes, do jeito da saudade amanhecer.
Na aura levitan dos viajantes, nos olhos de um profeta sem lugar.
Os pés cansados sobre a 101 vendendo histórias pro jantar.
Come on, baby, maybe, vamos passar um bom verão em Calcutá ao som do mar.
Come on, baby, maybe tudo vá dar num bom verão em Calcutá.
Vamos casar por lá.