sexta-feira, 11 de maio de 2012


Dedico para minha irmã, Carol, e para minha grande amiga, Wal.

Carolina Cornelius Reichert : http://www.teatrocandeia.com

A mim só encantam as coisas de beleza simples e as pessoas sensíveis.
Não me atraem os grandes espetáculos, os máximos, os brilhos, os incríveis, mas o que quase não se vê quando se corre, quando não se discorre os olhos sobre, com atenção.
Eu amo o que é bonito sem querer, amo o que é belo por acidente e quase nunca encontro quem vê como eu.
Neste sentido, admiro as pessoas quem têm o poder de capturar o tempo. Sim, capturar o tempo. Só existe um artifício para tanto, a fotografia.
A fotografia que apreende o instante e o entrega à eternidade que durar o retrato. A fotografia que é capaz de prender o tempo, indomável para todo o resto, exceto para ela.
Eu admiro os olhos e a alma daqueles que sabem a hora certa, o ângulo certo, a luz certa para transformar e demonstrar o que há de lindo no corriqueiro.  


Carolina Cornelius Reichert
Carolina Cornelius Reichert
Carolina Cornelius Reichert
Carolina Cornelius Reichert
Walesca Timmen
Carolina Cornelius Reichert
Walesca Timmen
Walesca Timmen
Walesca Timmen
Walesca Timmen
Walesca Timmen

sábado, 28 de abril de 2012

Precisei perder um pouco de vitalidade para alcançar a serenidade e dar ao tempo permissão para me mudar.
Ainda não é paz, mas pelo menos me equilibrei.
Não me jogo mais no temporal.

domingo, 11 de março de 2012

Pois é

- Que foi?

- Nada.

- Você parece estranha.

- Não... 

- Aconteceu alguma coisa?

- Claro que aconteceu. Aconteceu o que sempre acontece. Você vai, puxa meu tapete, me derruba, leva tudo embora e me bota chorando, então eu morro, me bato, me arrebento, me despedaço e quando não tenho mais alternativa eu renasço, reconstruo tudo devagar, passinho por passinho, tentando ser doce, tentando colorir, colocando as coisas-pessoas-sentimentos-saudades-sonhos-bobagens no lugar, é aí que você reaparece, volta, bagunça a casa, tira tudo do lugar outra vez, golpeia minhas certezas, planta dúvidas no meu quintal e me devolve a esperança... para que mesmo? Pelo prazer de levar ela embora outra vez. 

- Pois é.

- É, pois é.


domingo, 22 de janeiro de 2012