sábado, 22 de setembro de 2018

Alguém hoje me perguntou do que sinto tanta falta.
Deve ser porque olho muito para trás.

Quando se vê já passou uma semana, um mês, o primeiro aniversário,  o primeiro Natal... passou mudança, greve, GREnal, eleiçao.

Quando se vê, ontem foi há tanto tempo.

E do que mesmo sinto tanta falta?

Um pedaço meu que partiu do caminho.  Foi só o centro e o equilibrio que perdi. Por pouco não saio eu da estrada. Sinto falta do prumo. Meu prumo eu chamava pai.

("Mesmo sem te ver, acho até que estou indo bem".  Um dia nos vemos, amigão.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018


Cantou Vitor Ramil em Tierra: " a vida sempre deixa algo preparado, que supera a maior das fantasias. Nada comparado com o que de fato acontecia".

Nada, nada comparado.

Preciso escrever. Preciso tirar de mim esses excessos. Mas não acho palavras. Quem diria... nunca me vi perdendo as palavras.

Nenhuma define o que de fato acontecia.
O que de fato aconteceu.
Aconteceu.

Ja não temo mais nada.
O pior já aconteceu.
Nada mais me derruba.
O pior não me matou (embora as vezes eu tivesse preferido).

Dura. Calejada.
A hostilidade do mundo me fez criar casca.

Deixa vir o que vier.
É pouco o que ainda sinto.



https://youtu.be/Iw81DWApavg