sexta-feira, 27 de março de 2009


Cuidado!
Não se aproxime mais!
Sou um ambiente inóspito.
Só habita em mim o medo e seus espinhos
à espera de um toque sutil.
Além dele, apenas a mágoa e sua seca estorricada, ardida
à espera de um beijo úmido para absorver até a última gota de vida.
Pairam no meu céu nuvens escuras e pesadas, carregadas de saudade. Estouram raios de agonia...
Deles só se ouve o éco no oco de uma vida vazia.
Uma vida à espera de novos ventos
para dissipar o nevoeiro que a preenche

quinta-feira, 12 de março de 2009

Eu gosto do escuro
E do doce silêncio do vazio
Gosto do gosto de nada
Eu gosto da paz da solidão
Que me invade quando fico aqui
Eu gosto do nada insípido
do nada insone,
do nada insensível,
do nada invisível,
da ausência absoluta de cor.
Gosto do susto leve que é o nada, que só surpreende por ser nada.
Gosto da tranquilidade que é o "sem".
Gosto da segurança que é o não, o não que nega o novo.
o novo é o "com", o "com" assusta bruscamente, não é como o nada.
Não! Não ascenda a luz!
Não quero surpresas!
Onde nada habita
Também não habita a dor.
Onde nada se vê
Também não se sente.
Recuso a felicidade para evitar frustrações
Já me habituei ao nada completo
Ele me mantém entre o "sem" e o "não"

sábado, 7 de março de 2009

Coração apertado
Batendo oco
Quase parado

Olhar úmido
Vendo o escuro
Quase perdido

A mão trêmula estava sozinha
Não sentia arrepio na pele fria

Tinha um sentimento latente
E uma dor insistente
No seu corpo sem par.

domingo, 1 de março de 2009




Se eu quisesse uma estrela
Você buscaria?

Eu sim,
E ficaria feliz vendo ela brilhar nos seus olhos.