Quando me deixo levar pela desordem que sinto é que elas surgem.
De repente elas começam a se mexer em mim, independentes.
Sinto-me cheia.
Desconfortável.
É quando tudo dói.
Sei que só as gero quando há dor.
Ou quando não há nada, que
deve ser a pior dor.
Eu as temo.
Temo o que elas revelam de mim, para mim.
Sim, porque de mim elas saem, mas não me pertencem, nem me
obedecem.
Sou obrigada a respeitar o que me é dito por elas/mim.
E quanto mais eu me jogo no intenso do que vivo, mais elas
se fortalecem.
É na minha instabilidade que elas criam autonomia.
No meu caos particular que as palavras nascem.
Nascem e efervescem.
Vão ebulindo com as emoções e me transcendem, me ultrapassam.
Acabam assim, jogadas e sem ordem no papel.
A intensidade não cabe em mim. É bicho e me devora.
Eu escapo por entre as linhas que escrevo, livres e
desconexas, em carta para quem/ti/mim/nós/oque?
Que venham, que venham aos montes.
Que venham turbilhões de
palavras para minha fuga.
Que me transbordem inteira porque estou perdida.
Doidamente perdida.
Doloridamente perdida.
Deliciosamente perdida.
Quanta falta essas palavras me fizeram. Bom ver que voltou, perdida, transbordante, inteira.
ResponderExcluirBeijos e que venham mais linhas.
Quanta falta essas palavras me fizeram. Bom ver que voltou, perdida, transbordante, inteira.
ResponderExcluirBeijos e que venham mais linhas.
A mim também.
ResponderExcluirE elas que aguentem o estouro ou acabo por te chamar.
Amo-te <3
Prezo muito tudo que toma conta da alma o suficiente para agir.
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