Estavam os dois deitados na grama de mãos dadas, à sombra de uma árvore.
Alguém tacanho, com o coração sôfrego os observava.
Eles pareciam crianças descobrindo o mundo.
Estavam se descobrindo,
se descobrindo um o mundo do outro.
Ela olhando para cima, vendo as folhas brigarem com o vento, contava uma história.
Ele, com os olhos arregalados e brilhantes a fitava e escutava atentamente:
- Sabe, a menina de quem falo era delicada como uma boneca e sutil como o ar, mas passava pela vida dos que entravam no seu caminho como um vendaval! Quando resolvia ir embora só deixava seu perfume marcante para regar de nostalgia a vida dos que ficavam.
Entretanto, no momento que ela menos esperava perdeu sua liberdade. Foi encarcerada! Sua "auto-clausura" era delimitada por grossas barras de apego, dependência, sentimento doentio.
Por um longo tempo não teve espaço para se mexer, dentro de um cárcere que ela mesma construiu.
Sem espaço desaprendeu a andar, adoeceu, sentia a loucura se aproximar.
Quem a via de fora não entendia como aquilo havia ocorrido. Não era normal! Não com ela!
Bom, mas como todos já esperavam, um dia qualquer ela se livrou das amarras.
Gritou insanamente, chorou até desmaiar e depois de cambalear se recuperou...
aos poucos voltou a andar e se equilibrar sobre as próprias pernas.
Em pouco tempo já estava correndo outra vez! Tinha até destino certo agora! Deixou de ser errante.
Depois que voltou a andar encontrou o lugar mais calmo e feliz do mundo e era para lá que ela sempre ia.
Foi nessa parte da história, querido, que uma pedrinha pequena e rústica invadiu seu sapato. Ela estava no meio do caminho e decidida a não parar, então mexeu seu lindo pézinho como pode a fim de acomodar a pedrinha.
Sabia que se ela não se acomodasse em um cantinho que não causasse incomodo ela a trituraria de qualquer forma!
Faria da pedra, pó!
Estava convicta!
Nada mais limitaria seus passos.
Sabe, a história não acaba aqui, mas eu ainda não descobri final.
Ele era um menino esperto, compreendia o que ela queria dizer nas entrelinhas lhe narrando aquilo.
E quem estava escondido, atento a eles resolveu se recolher. Entendeu que era pobre demais querer frear uma felicidade ascendente por puro capricho!
Pr bo enten me pala bas!
ResponderExcluirTem razão Gordo!
ResponderExcluirOpsss
Te raz Gor
Gostei do texto, mas prefiro quando não é um conto, ou algo do gênero.
ResponderExcluirGosto mais quando é mais poético. Onde é usado mais um jogo de palavras, mas mesmo assim é muito bom!
Eu não gostei...
ResponderExcluirFalta o final!!!!
Gamalito!
ResponderExcluirÉ capaz de dar morte no final! Vai por mim! aheuhauehauhe
Eitaaaa!
ResponderExcluirTenho até medo de deixar comentário aqui, por causa dessa violência toda! Heehehe
Mas sou um menino esperto, entendi as entrelinhas =P
Beijo!