terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O velho e o moço

Letra que tem dito muito para mim e sobre mim nos últimos dias.

Rodrigo Amarante

"Deixo tudo assim, não me importo em ver a idade em mim,
Ouço o que convém.
Eu gosto é do gasto.
Sei do incômodo e ela tem razão quando vem dizer que eu preciso sim, de todo o cuidado.
E se eu fosse o primeiro a voltar pra mudar o que eu fiz, quem então agora eu seria?
Ahh, tanto faz que o que não foi não é
Eu sei que ainda vou voltar...  

Mas eu quem será?


Deixo tudo assim, não me acanho em ver vaidade em mim,
Eu digo o que condiz.
Eu gosto é do estrago.
Sei do escândalo e eles têm razão quando vêm dizer que eu não sei medir nem tempo e nem medo.
E se eu for o primeiro a prever e poder desistir do que for dar errado?
Ahhh
Ora, se não sou eu, quem mais vai decidir o que é bom pra mim?
Dispenso a previsão!
Ah, se o que eu sou é também o que eu escolhi ser,
Aceito a condição!

Vou levando assim que o acaso é amigo do meu coração
Quando fala comigo,
Quando eu sei ouvir..."

2 comentários:

  1. "E se eu for o primeiro a prever e poder desistir do que for dar errado?"

    E se, são palavras atormentadoras demais, acho que antecedem os desejos impossíveis. No fim penso que não desistiria do que fosse dar errado.

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  2. Concordo,

    E assim como o Rodrigo amarante "dispenso a previsão", prefiro escolher e viver.

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