domingo, 21 de março de 2010

Aaaaaaaaaaah,
Clarice ultimamente sentia a vida lhe doer.
O amor lhe doía.
A raiva lhe doía.
A decepção lhe doía.
A própria dor só lhe fazia doer mais.

Mas Clarice, pobre, ainda amava.
Pensou que a decepção não acabava com o amor.
Pensou que o amor só morreria se ela deixasse a dor que lhe matava o matar também.

Clarice estava certa.
Resolveu cuidar do que sentia,
Fazer do perdão uma bengala pra dois.
Mas, embora estivesse alimentando seu amor, ainda não sabia o que fazer da dor.

E você lhe pergunta dos seus planos?!
Calmamente ela responde: - o prédio foi implodido, o apartamento e as almofadas destruídos.
Mas em seus pensamentos ainda se alinha: com esforço a gente ergue ele outra vez. Ou não.

Ramona C. Reichert

3 comentários:

  1. Gosto dos dramas pessoais de Clarice. Se ela quiser conversar e compartilhar experiências, ficarei muito feliz.

    Ah, obrigado por me seguir.

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  2. A minha Clarice é um desastre, é real demais. Tenho um amigo que conhece uma Clarice mais idealizada, ela parece bem melhor.

    Quanto a te seguir... é um prazer
    Vi que segues o meu blog a mais tempo, tbm te agradeço.

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  3. Conheço a Clarice do teu amigo. Foi por ela que cheguei na tua. Ela parece melhor sim, pois não olha para trás. Mas deixa marcas doloridas por onde passa.

    Eu já acompanhava os blogs mas ainda não tinha feito o meu e por isso nunca tinha me manifestado.

    See ya...

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