sábado, 13 de março de 2010

Teria sido tudo tão diferente,
Inclusive esses dias de pouca luz e serração baixa.
Seria mais fácil olhar pra mim,
Sem ver o que me tornei.
Seria mais fácil pra mim,
Não ter mudado tanto assim.
Iria em frente sem medos, sem trancos e barrancos
Sem tropeços e atropelos.
Seguiria adiante com certezas, convicta.
Com o sol e a sombra aliados.
Mas tudo bem,
Só assim aprendi que a dor anestesia.
Se não fosse fria, não sobreviveria.
Se as vezes não me rendesse à ira,
Sequer pulsaria.
Do tempo em que eu ainda sentia,
Restam as lembranças que cultivo,
A estagnação diante da morte
E a suave espera por ela.


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Sei que o Geison vai achar que falta um pedaço, mas só consigo transcrever fragmentos de sentimentos.
Se eu lapidar o texto ele perde a essência, pelo menos pra mim.

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