terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Hoje a chuva não permitiu que a luz se mostrasse
A água levou mansamente as horas do dia
Agora, a noite vem chegando com aquela aragem que bate na pele como se dissesse: - você está vivo!
E eu aqui, trancado.
Trancado no escuro, no fundo, no fim.
Trancado em mim.

Aqui, ardendo em febre
Transpirando saudades, ausências, ansiedade.
Uma febre nostálgica

Aqui, cultivando o egoísmo
Aquele de quem quer encurralar, agarrar, amarrar.
Mas o que?
A pergunta é:
Quem?

Eu continuarei aqui
Sentindo o coração bater oco,
Dizendo que ainda pulsa em mim o sangue
Sentindo o ar pesado
Dizendo que meus pulmões ainda precisam dele

Sentindo meu corpo
Dizendo, gritando, com a aragem da noite
Que fisicamente ainda vivo.

Talvez a noite traga algum conforto,
Apazigúe o susto que é saber disto

Preciso mesmo dormir/morrer um pouco.


Poema antigo que não diz muito sobre mim atualmente (ainda bem! hehehe), mas está valendo!

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