segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Quem é essa que acorda todas as manhãs
Com o meu corpo?
Quem é essa que passeia por ai
Vestida de mim?
Quem é essa que tem tentado a todo custo
Me ser?

O reflexo no espelho está distorcido.
A imagem só reflete confusão.
Ao ver, travo uma luta com esta que me tomou sem autorização.

A desgraçada instalada em mim insiste em sentir, sentir, sentir.
Tento me livrar da doença que ela me causa
Tento me curar em vão das seqüelas do que ela faz.

Miserável de espírito livre
Miserável indomável.
Me abafa, me afoga, me toma
Sem pudor, sem freio, sem regra.

Será mesmo que ela tenta me ser?
Ou será que ela é o que quero ser?
Será que somos a mesma?
Ou somos duas da mesma?

2 comentários:

  1. Uma cumplicidade é necessária para que o equilibrio da duas seja perfeito.

    Mas ai começa o problema, conciliar o que ambas querem...
    Bom, ninguem nunca disse que viver era moleza mesmo...

    então vamos a peleja!

    bju!

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  2. Que tal botar as duas frente a frente?
    Um bom exame pode apontar as qualidades e defeitos dessas mulheres, então pode ser possível montar uma só, utilizando as virtudes de cada uma.

    Como o Chapa disse: Deve haver equilíbrio.

    Se uma é tão impulsiva, pode ser útil quando é preciso garra pra enfrentar os problemas da vida.
    A outra, por outro lado, pode oferecer a discrição necessária nos momentos delicados...

    Enfim, a matéria bruta está aí. Basta lapidar até alcaçar a harmonia e, consequentemente, a perfeição do produto final.

    Beijo!

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